Quando se fala em tatuagem, é comum associar o hábito a gostos pessoais, momentos de vida e até a determinadas tribos ou estilos. Hoje, pessoas de todas as classes sociais têm tatuagens, isso vai desde o estudante universitário ao empresário consolidado. Afinal, a decisão de tatuar o corpo costuma estar muito mais ligada à individualidade e à expressão pessoal do que à conta bancária, e é por isso que vemos muitos ricos com tatuagens.
No entanto, há quem perceba um contraste de comportamento quando o assunto é tatuagem dentro de determinados círculos sociais, principalmente os mais elitizados.
O empresário Tiago Tcar, dono de uma loja de carros de alto padrão, compartilhou sua visão em um podcast, afirmando: “Os lugares que eu frequento hoje, ninguém tem tatuagem. Ninguém. Você vai num Fasano ou num jóquei, ninguém tem tatuagem“, relata o empresário.
Segundo ele, essa percepção se repete em diferentes ambientes de luxo, especialmente entre aqueles que nasceram em famílias ricas. “O rico elitizado não tem tatuagem, pelo menos os que nasceram ricos”, afirmou.
Tiago conta ainda que, em muitos desses eventos e locais, ele é o único tatuado. Essa diferença de perfil já fez com que fosse até confundido com um ex-jogador de futebol. “As pessoas olham para mim e pensam: deve ser jogador aposentado”.
A estética “clean” e a mudança de percepção
O que Tiago Tcar descreve não é uma regra, mas revela um comportamento que, de fato, é observado em alguns grupos sociais: a busca por uma estética “clean” e mais neutra, principalmente à medida que se conquista maior visibilidade em ambientes corporativos ou círculos sociais mais conservadores.
Para algumas pessoas, a tatuagem deixa de representar quem elas são ou o estilo que desejam transmitir. Isso não significa que deixaram de valorizar a arte ou a fase de vida que a tatuagem simboliza, mas sim que, em determinado momento, podem optar por uma aparência diferente, seja por questões profissionais, estéticas ou até por evitar julgamentos.
Quando a tatuagem vira um obstáculo
Mesmo em pleno século XXI, o preconceito contra tatuados ainda existe. Em algumas profissões, tatuagens muito expostas podem ser vistas como “incompatíveis” com a imagem desejada pela empresa.
Além disso, em certos ambientes sociais, como os mencionados por Tiago, tatuagens podem gerar olhares diferentes ou comentários velados.
É nesse cenário que muitas pessoas, inclusive as que alcançaram uma posição de destaque ou estabilidade financeira, ou seja, pessoas ricas, procuram pela remoção de tatuagens. Seja para eliminar totalmente um desenho ou apenas clareá-lo, o objetivo costuma ser se sentir mais confortável em seu meio de convívio, sem abrir mão da autoestima.
A remoção como escolha pessoal
Hoje, a remoção de tatuagem a laser é um procedimento seguro, eficaz e cada vez mais procurado. Com tecnologias de ponta é possível remover desde pequenos traços até grandes desenhos, preservando a saúde da pele e oferecendo resultados muito superiores aos de métodos antigos.
Na Hell Tattoo, por exemplo, recebemos clientes que vêm justamente em busca dessa mudança estética, não só porque se arrependem do que viveram, mas porque desejam transmitir uma nova imagem. Alguns querem se adaptar ao ambiente de trabalho; outros, como nos casos relatados por Tiago Tcar, sentem que sua tatuagem não combina mais com o círculo social em que vivem.
No fim das contas, ter ou não tatuagem é uma escolha pessoal. Existem pessoas extremamente bem-sucedidas com o corpo coberto de desenhos, assim como há milionários que nunca sequer pensaram em tatuar a pele. O que muda, muitas vezes, é a relação que cada um tem com a própria imagem ao longo da vida.
O que a fala de Tiago Tcar deixa claro é que a percepção sobre tatuagens varia bastante dependendo do contexto. E, para aqueles que sentem que a tatuagem já não representa sua fase atual, a remoção a laser se torna uma alternativa que une liberdade de escolha e valorização da autoestima, seja de pessoas ricas ou não.